sábado, 11 de setembro de 2010

Ausência

Falta, carência, escassez, privação, exiguidade, afastamento, falta de presença, constatar ou notar uma ausência, inexistência, são os seus sinónimos.


Sentir falta de algo, comum a todos! Ou talvez não! Sentir falta de alguém presente é tão natural quando se ama, por ciúmes ou egoísmo, por um erro mas onde essa falta pode ser preenchida de uma maneira clara. Mas… e quando se sente essa ausência de uma maneira tão forte, incapaz de ser explicada e até entendida, uma ausência que já nem cabe dentro de nós e depois… acabamos por explodir de sentirmos a realidade, que nada nem ninguém poderá a preencher.

Viver numa ilusão é tudo tão fácil, acreditar que a possibilidade de passar, de voltar a ter o que nos faz falta, do que perdemos voltará e tudo passara de um mero pesadelo. Mas a realidade faz-nos voltar a sentir os pés bem assentes na terra, e sentir a dor que nos perseguirá para todo sempre.

A dor da ausência de alguém que partiu para um mundo bem diferente do nosso, onde não a poderás ver mais, nem tocar, acariciar abraçar, desabafar, onde só a poderás sentir bem dentro de ti.

Faz um ano, um ano que parece uma eternidade que conheci a cruel realidade da vida, onde senti pela primeira vez a dor de verdade, a falta de algo, onde perdi boa parte de mim.

A dor de te ter perdido MÃE para aquele mundo distante, uma dor que vai acabando comigo aos pouquinhos, a saudade que aumenta cada vez mais, aquela angústia, aquele aperto bem grande que faz de mim mais pequena.

Permanecerás sempre, juro! Até que nos liguem de novo.


                                                                                                                                                       12/09/09

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